Então vamos lá no que interessa!
Enquanto o resto do mundo se desenvolvia mais rapidamente, pensar em automóveis era um luxo tão distante que ninguém sequer cogitava a
possibilidade de motorizar aquele país. Diante da impossibilidade de dirigir seu próprio automóvel, alguns engenheiros germânicos passaram
a desenvolver a ideia de construir um carro popular.
Hitler assumisse o poder na Alemanha. Adolf era um apaixonado por automóveis, veículos, engenharia e motores desde jovem.
Por interesse pessoal, já conhecia os detalhes de quase todos os projetos de carros populares tentados até então, que falharam ou jamais
saíram do papel.
Hitler leu um livro contanto as realizações de Heny Ford e assumiu como projeto pessoal a responsabilidade de modernizar a Alemanha, a
economia e gerar muitos empregos. Hitler gostaria de ver carros por todas as estradas alemãs, principalmente nas suas queridas Autobahns.
A imagem de trabalhadores viajando por todo o país seria a realização de todos os seus sonhos. Hitler consultou o amigo Jacob Werlin,
assessor para assuntos automotivos. O consultor apresentou ao ditador três grandes projetos de carros populares, sendo dois desenvolvidos
por judeus e um terceiro desenvolvido por um amigo de Hanz Ledwinka e do próprio Jacob.
O engenheiro em questão era Ferdinand Porsche, um austríaco obcecado pela idéia de construir um carro para o povo.
Trabalhando sob o conceito de Ledwinka, o austríaco abriu um escritório de design automotivo em 1931 e iniciou projetos de automóveis
simples que iriam sendo aprimorados ao longo do tempo. Entre seus clientes estava a Auto Union Werk (atual Audi) e a fabricante de motos
Zündapp.
Para esses últimos, o engenheiro desenvolveu o Typ 12 que chamaria a atenção da empresa NSU. Contratado pela NSU, Porsche criou o Typ 32,
projeto que viria a impressionar Jacob Werlin e Hitler.
Pouco tempo depois Ferdinand Porsche e Adolf Hitler estavam reunidos em uma mesa discutindo o projeto do Volks Wagen (carro do povo)
alemão. Hitler já conhecia cada detalhe dos projetos de Porsche, suas vantagens e suas fraquezas.
pais”).
Deveria alcançar e manter a velocidade média de 100 km/h.
O consumo de combustível, mesmo com a exigência acima, não deveria passar de 13km/litro (devido à pouca disponibilidade de combustível).
O motor que executasse estas tarefas deveria ser refrigerado a ar, (pois muitos alemães não possuíam garagens com aquecimento), se
possível a diesel e na dianteira.
O carro deveria ser capaz de carregar três soldados e uma metralhadora.
O preço deveria ser menor do que mil marcos imperiais (o preço de uma boa motocicleta na época).
Em 1934 Porsche apresentaria o projeto final contrariando duas das exigências de Adolf:
apontada para sua cabeça, o engenheiro teria ouvido:
“Você têm 24 horas para encontrar uma solução e reduzir o preço do projeto.”
Os primeiros modelos possuíam incontáveis problemas descobertos em testes realizados pelas SS nazistas, que percorreram mais de 2 milhões
e meio de quilômetros com o besouro. O Füher não queria que o mundo descobrisse os detalhes negativos do projeto e então decidiu enviar
seu quadro de proteção para destruir todos os modelos defeituosos que antecederam o Volkswagen final.
Boa parte da genial história do Professor Porsche se perdeu aí. Em 1940 o primeiro de 640 VW Type 1 sairiam da fábrica para nunca serem
entregues aos seus proprietários.
Todos haviam sido distribuídos entre a elite do partido nazista até que em 1944 as forças aliadas
bombardeassem a fábrica dos Volkswagen encerrando o sonho do ditador.
Durante a guerra as peculiares características dos besouros de Hitler atraíram a atenção de todos os generais aliados. Vários veículos de
combate como jipes e anfíbios foram construídos em cima do chassis Volkswagen. Eles atravessavam grandes distâncias no deserto sem ferver,
já que seu motor não era refrigerado a água. Também percorriam terrenos sinuosos sem necessitar reparo freqüente, já que sua suspensão com
barras de torção não usava molas. Não poderia deixar de mencionar que eram sim muito baratos como Hitler sempre quis.
O comandante nazista Erwin Rommel à frente da divisão Afrika Korps era outro fã inveterado do besouro.
Após a Guerra, o Fusca renasce e Porsche é preso
Ao final da guerra os britânicos receberam o controle da cidade de Wolfsburg, onde a fábrica Volkswagen havia sido bombardeada. Lá jaziam
75 mortos que trabalhavam na linha de construção do besouro. A maioria deles eram judeus prisioneiros de guerra que fabricavam Fuscas em
regime de escravidão.
O Major britânico Hirst decidiu reativar a produção dos Volkswagen e em seguida a entregou a um competente alemão, que havia participado
do processo de construção inicial do carrinho.
Ferdinand Porsche foi preso por crimes de guerra e levado a França onde sua pena seria contribuir na construção do Renault 4CV.
O Professor somente seria inocentado em 1949 quando decidiu transformar a plataforma do Fusca em um veículo esportivo. Pouco tempo depois
o engenheiro morreria, mas não sem antes nos presentear com os incríveis Porsche 356 e Porsche 550 que trazem muitos componentes do Fusca
original.
Com o crescimento da produção de Volkswagens, a montadora entendeu que para expandir seus negócios deveria tentar ingressar no competitivo
mercado americano.
Que diferencial o Beetle poderia oferecer na terra de sinuosos sedans com enormes motores V8 e luxo de sobra?
A Volkswagen investiu no marketing tentando mostrar ao mundo a maior de todas as caraterísticas daquele que, aqui, viria a ser chamado de
Volkswagen Fusca:
Não interessa o que você destruir em seu fusca, tudo pode ser reparado.
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